Em papel branco sujo
Invento-te
Como noite que me assombra
A nudez detalhada aos centimetros
Pensei te querer
Quando por diversas vezes
As mãos fugiram-me
Para a nudez em detalhe
Dos teus ombros
E quis com a língua
Chegar até eles
Na ilusão de serem
Como um rio
Até ao rego dos teus seios
E pensar neles mergulhar
A minha boca
Colar-me em ti
Pensando nunca mais sair
Desse corpo
Que me prende os olhos
Quando se esvai em sons
De me possuires
Faço da noite
Esse teu fogo
Que só faz sentido
Quando se liga ao meu
E não há forma de os apagar
Fiz de ti mais do que a noite
E vejo-te como o meu desejo
De tão solto que é
E mais não te posso dar
Nas manhãs submersas
Porque quando me fecho em mim
E deixo os olhos tombarem
Mais não penso em te ver.
domingo, janeiro 30, 2005
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9 comentários:
Olá! Sou brasileira e achei teu blog por um acaso. Adorei teus poemas. Entra no meu www.jomaluka.weblogger.com.br
adorei o teu blog... adoro a forma como escreves. Obrigado pela visita ao meu canto...Volto sempre!Jinhuz
(...)"Fiz de ti mais do que a noite
E vejo-te como o meu desejo"(...)
Excelente!
«Faço da noite
Esse teu fogo
Que só faz sentido
Quando se liga ao meu(...)»
Mas e se o fogo não se liga ao teu?
As tuas palavras são belissimas.
Jinhos
Obrigada pelo vosso apoio :)
Beijinho
Gosto-te sempre, embora preferisse ver-te menos triste!... :)
Poema Lindo... Gostei do teu blog e vou voltar certamente! Parabéns.
dá uma olhadela no meu novo mundo: http://cem-ideias.blogspot.com
Muito bonito e sensual.
Bjs.
A verdade é que já não precisas dos olhos para ver... se os fechares a ideia da outra pessoa está lá... nem que seja para a inventares em "papel branco sujo" ;) Bjs
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