sexta-feira, agosto 19, 2005

Chegaste personificada de raios de sol, de uma onda azul turbulenta descoberta em nudez pela emoção mas ancorada pela razão como um barco a chegar a terra. Não sei o teu nome, a cor da tua pele, se o teu sorriso é feito de nuvens cinzentas ou jardins perfumados. Não te procurei nos mundos que me rodeiam, talvez sempre te quis na inocência de uma criança que parece saber tão bem o que quer e que não vê dificuldade em concretizar os seus pedidos. Entras nos meus sonhos como se também fossem teus, sorris-me, mexes-me nos cabelos e olhas-me como se estivesses à minha espera, num outro sonho, num outro desejo, como se as nossas vidas desde sempre estivessem ligadas e um dia seria certo o nosso encontro.
Afasto-te das minhas ideias porque sinto-te como algo que não posso controlar, não consigo fingir que não sonho, que não te vejo, que quando choro és tu que me acolhes - tenho receio de acreditar, de sentir por ti um querer que ultrapasse a minha pele, as minhas veias andantes vermelhas. Não sei como será quando o momento acontecer, tenho medo de não conseguir fugir, tenho medo de te querer demais, de não aguentar a vontade de me prender a algo não inventado ou escrito por mim, de sentir-me de alguém sem ter receio de me perder, de me magoar, de amar e deixar-me ser amada.

5 comentários:

Conceição Paulino disse...

ter medo é um mau começo seja para o k for. é preciso largálo, afundá-lo no mar largo e profundo. Bjs e;)

NR disse...

Adorei o blog e as coisas que escreves.Continua

Anónimo disse...

Lindo Kacau...
Invejo-te, adorava escrever assim.
Escreve sempre.

beijinhos
Isabel

SL disse...

Ter medo faz parte do amor. Parece-me que estás apaixonada...
Jinhos

Menina Marota disse...

Não há que ter medo da descoberta de novos sentimentos... e, quem não arrisca...

Jinhos ;)