terça-feira, julho 06, 2010
terça-feira, julho 14, 2009
Encerrado indefinidamente.
Cada vez gosto menos de pessoas. Das suas crises. Dos seus dramas. Das suas dores e mágoas. Das desilusões que emparelham pelos anos.
Um amigo meu disse-me, que o melhor era dedicar-me à agricultura:
“Uma alface é sempre uma alface, não decide de repente que está com uma crise e acha que é uma batata”
Com isto, cada vez gosto menos de pessoas e de mim. Tenho dias em que sou a batata mais bonita, que nasceu da terra mais fértil. Do tipo de batata que se olha e até nos custa imaginá-la cozida ou cortada aos pedaços. Sim, na maior parte dos dias eu sou essa batata. A realidade é que acabo tantas vezes sem casca e na boca de alguém.
Outros dias, sou erva daninha. Que ataca tudo o que parece à frente. Arrogante e de nariz empinado. Ninguém dá nota positiva. Se é erva daninha, não pode prestar. Pois, nos restantes dias. Sou eu.
Sou de opinião, que nunca ninguém devia conhecer tão bem o que é a escuridão. Devia ser apenas uma ideia assustadora. Mas ninguém devia vivê-la. Para quê? Só nos torna descrentes e cada vez menos dependentes dos outros. Tanta independência é uma merda. Dos melhores sentimentos que se pode ter é o de precisar de alguém. Sentir nos outros um auxílio. Um apoio. Os independentes tem aquela crença que precisam mas não precisam. Na verdade, eu acho que não precisam. Há coisas inigualáveis. Insubstituíveis. Sem dúvida que sim. O problema é aprendermos a viver sem elas. E a partir daí, a vida sabe sempre menos. Sabe sempre a vazio. Dito isto, concluo que a minha vida é uma panela vazia e eu sou o melhor da agricultura.
Sei exactamente como o dizer. Sei exactamente como se fazem as despedidas. A sua cor e textura. Sei o que foi esta partilha. Esta escolha de escrever tudo o que me apetecia. Soube-me bem demais. Agora o sei. Este é o meu livro. O livro onde escrevi quase cinco anos da minha vida. As aventuras. As desilusões. O bom. O mau. Está aqui tudo. Tudo o que me passou pela pele. O que me acelerou a respiração. O que me fez cair. E o que me levantou.
Não obstante, este espaço será encerrado indefinidamente. Continuará no ar. Continuo a gostar de o reler. Vejo-o já como passado, porém, é o meu passado. Com tudo o que isso implica em mim. Sim, continuo com o sentido egocêntrico e narcisista. Talvez mais contido. Não sei. Mas continua cá.
No entretanto, um novo espaço foi criado e está já em funcionamento. Os meus visitantes habituais e dos quais tenho o e-mail, receberão um e-mail com o novo link, aqueles que me visitam mas que não comentam poderão enviar um e-mail a solicitar o link.
Esta não é uma atitude de desapego ou despeito por aqueles que acompanharam e acompanham as minhas palavras. Não é dessa forma que a minha escolha deverá ser interpretada. Várias circunstâncias ditaram este caminho. E não há forma de encontrar um atalho pelo meio.
Porém, cabe aqui um obrigado. Pelo apoio. Pela crítica. Pela partilha, também vossa.
Esta foi em tudo uma viagem inesquecível.
Até.
Um amigo meu disse-me, que o melhor era dedicar-me à agricultura:
“Uma alface é sempre uma alface, não decide de repente que está com uma crise e acha que é uma batata”
Com isto, cada vez gosto menos de pessoas e de mim. Tenho dias em que sou a batata mais bonita, que nasceu da terra mais fértil. Do tipo de batata que se olha e até nos custa imaginá-la cozida ou cortada aos pedaços. Sim, na maior parte dos dias eu sou essa batata. A realidade é que acabo tantas vezes sem casca e na boca de alguém.
Outros dias, sou erva daninha. Que ataca tudo o que parece à frente. Arrogante e de nariz empinado. Ninguém dá nota positiva. Se é erva daninha, não pode prestar. Pois, nos restantes dias. Sou eu.
Sou de opinião, que nunca ninguém devia conhecer tão bem o que é a escuridão. Devia ser apenas uma ideia assustadora. Mas ninguém devia vivê-la. Para quê? Só nos torna descrentes e cada vez menos dependentes dos outros. Tanta independência é uma merda. Dos melhores sentimentos que se pode ter é o de precisar de alguém. Sentir nos outros um auxílio. Um apoio. Os independentes tem aquela crença que precisam mas não precisam. Na verdade, eu acho que não precisam. Há coisas inigualáveis. Insubstituíveis. Sem dúvida que sim. O problema é aprendermos a viver sem elas. E a partir daí, a vida sabe sempre menos. Sabe sempre a vazio. Dito isto, concluo que a minha vida é uma panela vazia e eu sou o melhor da agricultura.
Sei exactamente como o dizer. Sei exactamente como se fazem as despedidas. A sua cor e textura. Sei o que foi esta partilha. Esta escolha de escrever tudo o que me apetecia. Soube-me bem demais. Agora o sei. Este é o meu livro. O livro onde escrevi quase cinco anos da minha vida. As aventuras. As desilusões. O bom. O mau. Está aqui tudo. Tudo o que me passou pela pele. O que me acelerou a respiração. O que me fez cair. E o que me levantou.
Não obstante, este espaço será encerrado indefinidamente. Continuará no ar. Continuo a gostar de o reler. Vejo-o já como passado, porém, é o meu passado. Com tudo o que isso implica em mim. Sim, continuo com o sentido egocêntrico e narcisista. Talvez mais contido. Não sei. Mas continua cá.
No entretanto, um novo espaço foi criado e está já em funcionamento. Os meus visitantes habituais e dos quais tenho o e-mail, receberão um e-mail com o novo link, aqueles que me visitam mas que não comentam poderão enviar um e-mail a solicitar o link.
Esta não é uma atitude de desapego ou despeito por aqueles que acompanharam e acompanham as minhas palavras. Não é dessa forma que a minha escolha deverá ser interpretada. Várias circunstâncias ditaram este caminho. E não há forma de encontrar um atalho pelo meio.
Porém, cabe aqui um obrigado. Pelo apoio. Pela crítica. Pela partilha, também vossa.
Esta foi em tudo uma viagem inesquecível.
Até.
Posted by Francesca at 23:48 2 Comentários
sexta-feira, junho 05, 2009
terça-feira, junho 02, 2009
Havia um compromisso: diríamos sempre a verdade.
A verdade que rasga. atropela. incendeia. Não fazia mal. Era um compromisso.
Depois de tudo, ficam as mentiras. as mentiras que foram/são arte cuspida da tua boca, dos teus gestos.
Não há nada de bom a ser recordado. Conseguiste manchar tudo.
E faz-me um favor, não voltes a falar comigo com aquele discurso politicamente correcto de gaja que acha que tem toda a razão e que o caminho que está a seguir é o acertado.
Ah espera, não voltarás a falar comigo. Estás bloqueada.
E seria preciso muita coragem para pegares no telemóvel e dares uma ligadinha com a velha conversa do "sabes que não gosto de ficar chateada contigo".
Shame on you.
A verdade que rasga. atropela. incendeia. Não fazia mal. Era um compromisso.
Depois de tudo, ficam as mentiras. as mentiras que foram/são arte cuspida da tua boca, dos teus gestos.
Não há nada de bom a ser recordado. Conseguiste manchar tudo.
E faz-me um favor, não voltes a falar comigo com aquele discurso politicamente correcto de gaja que acha que tem toda a razão e que o caminho que está a seguir é o acertado.
Ah espera, não voltarás a falar comigo. Estás bloqueada.
E seria preciso muita coragem para pegares no telemóvel e dares uma ligadinha com a velha conversa do "sabes que não gosto de ficar chateada contigo".
Shame on you.
Posted by Francesca at 11:31 4 Comentários
domingo, maio 31, 2009
Obrigada a si.
Pelo colo. sorriso. mimo. apoio. companhia.
Obrigada por me fazer sentir especial.
Pelo colo. sorriso. mimo. apoio. companhia.
Obrigada por me fazer sentir especial.
Posted by Francesca at 23:02 1 Comentários
quinta-feira, maio 28, 2009
Cheguei a um ponto em que não quero saber se te magoo. Pelo contrário, apetece-me magoar-te mais e mais. Esfolar-te viva. Para que sintas um pouco do que eu sinto.
Sim, acho que te odeio. De repente odeio tudo em ti. A tua passividade. A tua falta de tomates. O teu deixar andar até que alguma merda se resolva na tua vida. O teu amor de serenata sem qualquer relevância factual. O teu silêncio derramado pelos meus dias. A forma como dizes "miúda fantástica". Foda-se. Mas o que mais me irrita, são as merdices que saíram da tua boca sobre o quão especial eu era, eu sou, bla bla bla para depois não fazeres um caralho para lutares por mim. Para não perderes a miúda fantástica. Fuck you.
Houve uma altura desta nossa história mal parida que tive pena de ti. Sim, imensa pena. E dava-te toda a razão. Mas agora. Tenho despeito por ti. A raiva adultera-me o pensamento. E só queria esquecer tudo o que te dei. O melhor de mim. O melhor de mim ficou contigo. E para quê? Para jogares tudo no lixo.
Foda-se.
Não mereces nem uma grama do que te dei.
Sim, acho que te odeio. De repente odeio tudo em ti. A tua passividade. A tua falta de tomates. O teu deixar andar até que alguma merda se resolva na tua vida. O teu amor de serenata sem qualquer relevância factual. O teu silêncio derramado pelos meus dias. A forma como dizes "miúda fantástica". Foda-se. Mas o que mais me irrita, são as merdices que saíram da tua boca sobre o quão especial eu era, eu sou, bla bla bla para depois não fazeres um caralho para lutares por mim. Para não perderes a miúda fantástica. Fuck you.
Houve uma altura desta nossa história mal parida que tive pena de ti. Sim, imensa pena. E dava-te toda a razão. Mas agora. Tenho despeito por ti. A raiva adultera-me o pensamento. E só queria esquecer tudo o que te dei. O melhor de mim. O melhor de mim ficou contigo. E para quê? Para jogares tudo no lixo.
Foda-se.
Não mereces nem uma grama do que te dei.
Posted by Francesca at 11:55 0 Comentários
terça-feira, maio 26, 2009
Hoje não me importava que viesses. Que me tomasses de assalto com um beijo e num acto curto e incisivo me rasgasses a roupa.
Hoje não me importava que fosse no chão, encostada à parede, sentada no balcão da cozinha, no frio da banheira, na cama, na cadeira, à janela. Não. Hoje não me importava que fosses tu a tomar as rédeas e me fizesses serva do teu desejo.
Hoje é um daqueles dias. Em que me sinto sem forças para te dizer o que quero. Sem forças para te encadear de tesão e alimentar-te a fome crua de mim. Um dia em que não me importa se vens nua ou vestida. Se queres lento ou rápido. Não importa o caminho a seguir, importa apenas estar nesse caminho e deixar-me ser seguida.
Sim, hoje é um daqueles dias em que o meu sorriso incorpora a poluição desta cidade e os meus gestos dançam à medida da velocidade do vento. Sinto-me nua sem o estar. Sinto-me despida por umas mãos alheias embora esteja sozinha.
Não haveria forma de te dizer não. Se me aparecesses à porta.
Sim, hoje é um daqueles dias em que ao me possuires não me sentirias tua.
Alimento pronto a ser consumido, é o que sou hoje.
Hoje não me importava que fosse no chão, encostada à parede, sentada no balcão da cozinha, no frio da banheira, na cama, na cadeira, à janela. Não. Hoje não me importava que fosses tu a tomar as rédeas e me fizesses serva do teu desejo.
Hoje é um daqueles dias. Em que me sinto sem forças para te dizer o que quero. Sem forças para te encadear de tesão e alimentar-te a fome crua de mim. Um dia em que não me importa se vens nua ou vestida. Se queres lento ou rápido. Não importa o caminho a seguir, importa apenas estar nesse caminho e deixar-me ser seguida.
Sim, hoje é um daqueles dias em que o meu sorriso incorpora a poluição desta cidade e os meus gestos dançam à medida da velocidade do vento. Sinto-me nua sem o estar. Sinto-me despida por umas mãos alheias embora esteja sozinha.
Não haveria forma de te dizer não. Se me aparecesses à porta.
Sim, hoje é um daqueles dias em que ao me possuires não me sentirias tua.
Alimento pronto a ser consumido, é o que sou hoje.
Posted by Francesca at 18:09 4 Comentários
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