quarta-feira, maio 31, 2006

Ofereço-me orgasmo que me consome vorazmente o ventre. Que me soa a mãos a rasgarem os lençóis. A se moverem em tesão. A se esfregarem de desejo não contido. Louco. Frenético. Repetido. Insatisfeito. Lambo-me rio que não seca. Que não se rende. Que se prende aos instintos que me queimam a pele. Quente. Desnorteada. Afogada em gritos que se vomitam pela garganta.

Toco-me em saudade. Saudade de me embriagar em mim como me embriago em ti. De me foder a mim como te fodo a ti. Porque na minha pele existe um poema. Existe um cheiro. Existe um trajecto. Existe uma intermitência. Uma voz que é mais do que palavras. Existes tu. Existo eu em ti.

Ofereço-te o orgasmo que se rompe em mim
e que a ti te pertence.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom... Cru e poético, ao mesmo tempo, num mesmo tempo. Beijocas!

Anónimo disse...

Porque sexo é poesia...
Está excelente =)
Beijinho*

Thiago disse...

Vernáculo e bonito, muito bonito!