Dia 24
Num dia não tão cinzento como este, sentar-me-ei à tua frente. Nesse dia já não haverão lágrimas presentes no teu rosto, nem rasto de mágoa nos nossos passos. Contar-te-ei a minha história, sem elevar a voz e sem descontrolar a respiração. Ouvirás com atenção o que te tenho para dizer. Nesse momento irás conhecer-me como julgas já conhecer. Mas estás errada. Julgas conhecer o interior do meu coração e a que velocidade corre o amor nas minhas veias. Julgas e julgas e a tua conclusão mais uma vez sai errada. Á tua frente tens o teu rumo, o rumo que dizes que fui eu a escolher por ti. As pessoas acreditam no que quiserem, e tu acreditas no que agora decides fazer. É a tua escolha, não voltes a pó-las nas minhas mão, é tua. Hoje e sempre.
No amor que dizes já não existir em mim, digo-te apenas:
Sê, porque ao seres encontrarás a tua luz.
Alguém com sabedoria disse-me:
Só se deve ficar ao lado de alguém quando sabemos que o bem que fazemos é superior ao mal que trazemos nos nossos gestos. Há tempo demais que te faço mal, que te rasgo por dentro. É por te Amar como amo que abandono o barco. É por te Amar que te liberto.
11 Meses.
Deixo-te o beijo prometido no parapeito da tua janela.
9 comentários:
lamento...
às vezes amar nao é suficiente...
É verdade... amar não é suficiente. Enfim!
Preciso de falar contigo, manda-me um mail quando puderes.
Não abandonas o barco, libertas das amarras para poder navegar.
parabéns pelo texto maravilhoso*
Será o "soltar" do beijo??
«É por te amar que te liberto».
A maturidade do amor.
Soltam-se as amarras do barco.
Parte-se de viagem para o interior.
Embala-se o barco na onda de passagem.
No regresso, espera-se um (não) mesmo cais.
Dia 13, neste mais onze, estou preparada.
Fica o abraço enternecido da lágrima teimosa de sempre.
E o beijo.
...siempre se vuelve al primer amor...
Triste, mas bonito. :)
Lamento.
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