Encerrado indefinidamente.
Cada vez gosto menos de pessoas. Das suas crises. Dos seus dramas. Das suas dores e mágoas. Das desilusões que emparelham pelos anos.
Um amigo meu disse-me, que o melhor era dedicar-me à agricultura:
“Uma alface é sempre uma alface, não decide de repente que está com uma crise e acha que é uma batata”
Com isto, cada vez gosto menos de pessoas e de mim. Tenho dias em que sou a batata mais bonita, que nasceu da terra mais fértil. Do tipo de batata que se olha e até nos custa imaginá-la cozida ou cortada aos pedaços. Sim, na maior parte dos dias eu sou essa batata. A realidade é que acabo tantas vezes sem casca e na boca de alguém.
Outros dias, sou erva daninha. Que ataca tudo o que parece à frente. Arrogante e de nariz empinado. Ninguém dá nota positiva. Se é erva daninha, não pode prestar. Pois, nos restantes dias. Sou eu.
Sou de opinião, que nunca ninguém devia conhecer tão bem o que é a escuridão. Devia ser apenas uma ideia assustadora. Mas ninguém devia vivê-la. Para quê? Só nos torna descrentes e cada vez menos dependentes dos outros. Tanta independência é uma merda. Dos melhores sentimentos que se pode ter é o de precisar de alguém. Sentir nos outros um auxílio. Um apoio. Os independentes tem aquela crença que precisam mas não precisam. Na verdade, eu acho que não precisam. Há coisas inigualáveis. Insubstituíveis. Sem dúvida que sim. O problema é aprendermos a viver sem elas. E a partir daí, a vida sabe sempre menos. Sabe sempre a vazio. Dito isto, concluo que a minha vida é uma panela vazia e eu sou o melhor da agricultura.
Sei exactamente como o dizer. Sei exactamente como se fazem as despedidas. A sua cor e textura. Sei o que foi esta partilha. Esta escolha de escrever tudo o que me apetecia. Soube-me bem demais. Agora o sei. Este é o meu livro. O livro onde escrevi quase cinco anos da minha vida. As aventuras. As desilusões. O bom. O mau. Está aqui tudo. Tudo o que me passou pela pele. O que me acelerou a respiração. O que me fez cair. E o que me levantou.
Não obstante, este espaço será encerrado indefinidamente. Continuará no ar. Continuo a gostar de o reler. Vejo-o já como passado, porém, é o meu passado. Com tudo o que isso implica em mim. Sim, continuo com o sentido egocêntrico e narcisista. Talvez mais contido. Não sei. Mas continua cá.
No entretanto, um novo espaço foi criado e está já em funcionamento. Os meus visitantes habituais e dos quais tenho o e-mail, receberão um e-mail com o novo link, aqueles que me visitam mas que não comentam poderão enviar um e-mail a solicitar o link.
Esta não é uma atitude de desapego ou despeito por aqueles que acompanharam e acompanham as minhas palavras. Não é dessa forma que a minha escolha deverá ser interpretada. Várias circunstâncias ditaram este caminho. E não há forma de encontrar um atalho pelo meio.
Porém, cabe aqui um obrigado. Pelo apoio. Pela crítica. Pela partilha, também vossa.
Esta foi em tudo uma viagem inesquecível.
Até.
Um amigo meu disse-me, que o melhor era dedicar-me à agricultura:
“Uma alface é sempre uma alface, não decide de repente que está com uma crise e acha que é uma batata”
Com isto, cada vez gosto menos de pessoas e de mim. Tenho dias em que sou a batata mais bonita, que nasceu da terra mais fértil. Do tipo de batata que se olha e até nos custa imaginá-la cozida ou cortada aos pedaços. Sim, na maior parte dos dias eu sou essa batata. A realidade é que acabo tantas vezes sem casca e na boca de alguém.
Outros dias, sou erva daninha. Que ataca tudo o que parece à frente. Arrogante e de nariz empinado. Ninguém dá nota positiva. Se é erva daninha, não pode prestar. Pois, nos restantes dias. Sou eu.
Sou de opinião, que nunca ninguém devia conhecer tão bem o que é a escuridão. Devia ser apenas uma ideia assustadora. Mas ninguém devia vivê-la. Para quê? Só nos torna descrentes e cada vez menos dependentes dos outros. Tanta independência é uma merda. Dos melhores sentimentos que se pode ter é o de precisar de alguém. Sentir nos outros um auxílio. Um apoio. Os independentes tem aquela crença que precisam mas não precisam. Na verdade, eu acho que não precisam. Há coisas inigualáveis. Insubstituíveis. Sem dúvida que sim. O problema é aprendermos a viver sem elas. E a partir daí, a vida sabe sempre menos. Sabe sempre a vazio. Dito isto, concluo que a minha vida é uma panela vazia e eu sou o melhor da agricultura.
Sei exactamente como o dizer. Sei exactamente como se fazem as despedidas. A sua cor e textura. Sei o que foi esta partilha. Esta escolha de escrever tudo o que me apetecia. Soube-me bem demais. Agora o sei. Este é o meu livro. O livro onde escrevi quase cinco anos da minha vida. As aventuras. As desilusões. O bom. O mau. Está aqui tudo. Tudo o que me passou pela pele. O que me acelerou a respiração. O que me fez cair. E o que me levantou.
Não obstante, este espaço será encerrado indefinidamente. Continuará no ar. Continuo a gostar de o reler. Vejo-o já como passado, porém, é o meu passado. Com tudo o que isso implica em mim. Sim, continuo com o sentido egocêntrico e narcisista. Talvez mais contido. Não sei. Mas continua cá.
No entretanto, um novo espaço foi criado e está já em funcionamento. Os meus visitantes habituais e dos quais tenho o e-mail, receberão um e-mail com o novo link, aqueles que me visitam mas que não comentam poderão enviar um e-mail a solicitar o link.
Esta não é uma atitude de desapego ou despeito por aqueles que acompanharam e acompanham as minhas palavras. Não é dessa forma que a minha escolha deverá ser interpretada. Várias circunstâncias ditaram este caminho. E não há forma de encontrar um atalho pelo meio.
Porém, cabe aqui um obrigado. Pelo apoio. Pela crítica. Pela partilha, também vossa.
Esta foi em tudo uma viagem inesquecível.
Até.
2 comentários:
...já.
Faz tempo que não te lia,engraçado não te conheço mas parece que tudo o que escreves se encaixa(uma alface é sempre uma alface)...não pares de escrever AQUI,és uma batata linda...continua!
\o/
Moura
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