quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ler primeiro o aviso

AVISO:
O texto que hoje aqui vou publicar pode ferir algumas susceptibilidades. É um registo cru, nu, frio e seco com contéudo sexual explícito diferente do que estão habituados. Nele não se encontra poesia, nem contéudo poético. É um risco que corro mas assumo-o pela paixão do que escrevo mesmo que isso implique perder visitas.
Espero que aqueles que o leiam voltem noutro dia e aqueles que não o façam também regressem!

Beijo,

Cacau

I
Gosto das noites quando te vais embora. Tenho sempre o mesmo ritual, encho meio copo de whisky, deito lá para dentro duas pedras de gelo, faço à mão 7cigarros de uma marca muito rasca. Continuo sempre nua a partir do momento que chegas até de ires embora e bateres a porta como se me mordesses o sexo de raiva. E eu gosto.
Gosto mais de te dizer para ires embora do que te foder, são sensações diferentes mas todas acabam numa satisfação, alívio – quer seja o orgasmo escrito na tua boca, quer seja o tesão que nasce quando te vais.

Chegas sempre perto das dez, a falar das chatices que tiveste no trabalho, dizes mal, bla bla bla, dás-me um beijo e dizes “Olá minha querida” – vens sempre com a esperança que levas mais de mim nessa noite, vens sempre com a esperança que farás de mim alguém diferente daquilo que sou. Vens na puta da esperança que me ensinarás algo sobre as pessoas que eu já não tenha lido nos manuais de psicologia.
Vens, vens-te e levas sempre com o mesmo adeus.

Pergunto-me porque insisto em te ver todas as noites, a resposta é simples: gosto de te foder, e gosto de ser aquela a quem gostas de dizer as tuas fantasias, a ir de encontro a ti todas as noites, a te saber morder a carne, dar-te o orgasmo de bandeja com a minha língua que se derrama dentro de ti, cada vez mais fundo à medida que os dias passam.

Gosto particularmente quando te encosto contra à parede vermelha da minha sala, puxo-te o cabelo com força e enterro-me dentro de ti, todo o negro da minha alma, todo o meu tesão viciado, viciante, insatisfeito…mordo-te o pescoço querendo cravar-me, deixando-te cheia de marcas, minhas, sempre minhas…oiço-te, é a parte que mais gosto…a de ouvir, a de ouvir dizeres o meu nome como se ele o mundo, o teu mundo inventado, e sempre que o dizes…aumentas-me o ego…que um dia parece que vai rebentar. E vens-te, mesmo que mintas, vens-te como se fosse sagrado o teu orgasmo.

Gosto das noites quando te vais embora. Fumo os meus cigarros ainda com o teu cheiro, lambo o whisky como se fosses tu e o gelo a frieza do que sinto. Amanheço ainda com os teus sons dentro da minha cabeça. E gosto!

7 comentários:

Anónimo disse...

Cada dia que passa tás melhor a escrever!!!!

Anónimo disse...

Neste artigo tás particularmente fantástica! Ana

I N T E I R O S disse...

Dentro de mim há esperas que se ausentam por momentos.

Anónimo disse...

Só uma pergunta... para qd o livro?

sotavento disse...

Ó miúda, tu divaga à vontade!... :)

-X- disse...

Com que então também divagas... Só não percebi aquela história do ferir susceptibilidades (ah! tinha a ver com aquilo do nua, do sexo, dos orgasmos, do foder, da tesão... sorry! (sabes estava muito dissimulado! ehehehe). Gostei da mudança de estilo (faz sempre bem refrescar o estilo quando pelos vistos o calor corporal inunda o espaço confinado às paredes de tua casa).
Gostei muito da expressão "lambo o whisky como se fosses tu e o gelo a frieza do que sinto".

Beijos

;-)

GNM disse...

Gostei muito.
Ler-te, é uma lufada de ar fresco...

Um excelente resto de fim de semana para ti!

Fica bem e continua a sorrir...