Poderia ter sido uma história de amor com final feliz.
Lembro-me que apesar de ter tipo oportunidade para estar com outras pessoas e até de me envolver fisicamente e/ou emocionalmente, nunca o fiz. Existia sempre um qualquer impedimento. Algo que não me deixava avançar mais. Houve uma altura em que o queria muito fazer. Precisava, até. Mas fiquei quieta. Esse algo que sempre me impediu era o amor. É o amor. Ao contrário de ti, nunca quis, nunca lutei contra esse sentimento. Não foi ele que me desiludiu. Foi a relação, a turbulência diária, patética e que estupidamente sempre soubemos criar e perdurar. O amor vive livre em mim. O amor. Quiseste-o fora de ti, tantas vezes disseste que te fazia mal, que eu te fazia mal e comigo vinha tudo, não é? E agora eu nada valo, como ontem disseste.
É fácil depreender o quanto somos diferentes. Demasiado fácil, agora.
O que tu tanto te esforçaste para acabar eu sempre quis preservar. O que tanto te doía e fazia mal, a mim abraçou-me em muitas noites que não estavas presente. Sim, muito diferentes. Nós.
O momento de partir chegou primeiro para ti. E agora sou eu que, passo a passo, volto a mim, à vida, ao esquecer de uma desilusão, ao esquecer do amor. Já não faz sentido guardá-lo, pois é?
Vai e sê o que não foste comigo.
5 comentários:
shiu...
as minhas palavras pedem-te paz, futuro e serenidade, aceita-las?
:)
tudo o que diga agora vai ter son a topico, so que...muitos topicos, frases feitas -daquelas que enjoam so de ouvir- sao fodidamente verdadeiras." El tiempo todo lo cura". E feio, e horrivel, nao presta, e terrivelmente universal...mas e verdade... Na gaveta isto vai ficar guardado com as tuas palavras. Escolhe bem a maneira de te contar esta historia, era bom que fosses justa contigo. Lembra te de por por ali alguns adjectivos lindos...E lembra te do sorriso e da indulgencia para contigo.
Muitos beijos e forca,
chavela.
Enviar um comentário