domingo, dezembro 02, 2007

Fecha-se a janela. É da escuridão este tumulto. Encontram-se caminhos interditos a pessoas como nós. Pessoas isentas de outras pessoas. Pessoas que encontram na dependência de outros a sua própria libertação. A sua independência pessoal. Como se de um projecto antigo se tratasse. Somos pessoas que facilmente serão esquecidas. Eu serei esquecida, já o sou no presente. Não tenhas receio. Fomos nós que escolhemos isto. Esta forma de atingir tão intensamente, arrasamos quando entramos e quando saímos o impacto é ultrapassado por qualquer coisa mais. Qualquer coisa maior que nós.


Quando te olhas no espelho que vês? Quando os teus olhos se despem no confronto contigo mesma. Quem és tu? É a pergunta que mais vezes faço a mim. Todos os dias a resposta é diferente. E todos os dias a resposta está cada vez mais longe da verdade. Da minha verdade. Fujo. Porquê? Será a verdade assim tão dura? Tão menos bonita daquela que tu desejarias? A verdade dura – nua – anestesiante – latejante – infame – verdade última de ti. Foge.


“Confusion in her eyes that says it all.
She’s lost control.
And she’s clinging to the nearest passer by,
She’s lost control.
And she gave away the secrets of her past,
And said I’ve lost control again,
And a voice that told her when and where to act,
She said I’ve lost control again.”



No acumular das respostas que se estendem aos meus pés nenhuma é a certa para mim. Nada se adequa a mim. E o mundo, os restos dele, quase que me são indiferentes.


Quase.


And I’ve lost control again.







(Joy Division – She’s lost control)

2 comentários:

Anónimo disse...

não te quero assim babe... you know I adore you. and I'm here for you...

oldmirror disse...

Sabes, o "lost control" do Ian era decadente, perigoso, dorido, crú, mas, mesmo assim, bom, irresistível, incontornável. O bom mau...get it?