sábado, maio 13, 2006

(...)

Existem pontos de interrogação no meu eu.
Existem questões que nunca terão respostas.
Existimos nós. Ambivalentes. Loucas.
Tão não seguras de nós.
Tão cheias de segredos.
Tão cheias de nós mesmas.

Existem questões que nunca te poderei responder.
E deixamos de existir.
Como se constrói algo que não foi feito para nascer de nós?
Como se estraga algo que nunca foi certo? Desejado? Pensado?

Como se fode um coração que não tem chama?
Como se ama uma face por detrás de uma capa escondida?
Como se sente saudade de um dia?

Existem questões
Muitas delas nossas.

Demorei-me a encontrar a saída.
Demorei-me a ver-me a mim desligada de ti.
Demorei-me a ver-te a ti.

Que idade tens tu menina?
Tenho 22 anos de incoerência.

Que nome tens tu menina?

Existem corações
Que não se permitem.
Que não se questionam.
Que não foram feitos para serem pontos de interrogação.

Existe o medo.
Entre nós é isso que existe.

Que nome tenho eu menina?

2 comentários:

Anónimo disse...

Já há algum tempo que não revejo as tuas paragens... e o reconhecimento não é dificil...

Um sorriso para ti

relatosdeumruivo disse...

Fantástico.
Hala alguém que não me faça sentir sozinho...
Um abraço,
Tiago