Desencontros. Desencontros entre duas noites. Imaginámo-nos a dançar. Imaginámo-nos gelo preso entre duas línguas. Clandestinamente reservámo-nos de espaços e abrimos recantos no desmembramento dos sonhos. Quantas vezes invadimos as roupas coladas ao corpos nos dias chuvosos de um Inverno que se demorará a chegar. Tomamos pequenos-almoços de sexo, enfrascadas de desejo numa banheira de algum hotel da capital. Esvaziámos a loucura dos bolsos ilusórios da nossa mente nos dias em que nos desgastamos tentando criar em nós a cumplicidade dos momentos. Juramo-nos arte perante ruelas sujas nas horas vagas das madrugadas que quisemos fazer nossas.
Hoje acordamos, sem os lençóis da nossa presença.
Deixamo-nos ficar naquelas noites, naqueles devaneios inventados por nós, sempre à espera que um dia se tornassem realidade
Os caminhos
Que deixamos de percorrer
Hoje acordamos, sem os lençóis da nossa presença.
Deixamo-nos ficar naquelas noites, naqueles devaneios inventados por nós, sempre à espera que um dia se tornassem realidade
Os caminhos
Que deixamos de percorrer
3 comentários:
'Os caminhos'. Os caminhos são belos e sinuosos. Eles nos levam ao encontro do que desejamos encontrar. Só que por vezes quando lá chegamos a procura do nosso desejo já se sumiu, e aí ficamos especados na indecisão do que fazer.
Quero que fiques bem.
Surgiram-me estas palavras perante o teu texto.
Um bom domingo.
Manuel
Esses caminhos que já não percorremos mais, mas que nunca esquecemos. E continuamos a segui-los apenas cá dentro, relembrando o que foi e não volta a ser...
beijinho*
nunca gostei de voltar aos caminhos já percorridos...nada seria como dantes. seria um 'fazer de conta' com o sabor amargo de não se recuperar, ser impossível recuperar o que se deteriorara.
beijinho, cacau :)
Enviar um comentário