Encontrámo-nos uma última vez. No verão ardente que se imponha nos nossos sentimentos já tão gélidos. Tínhamos nos nossos olhos a tristeza de quem deambula nos dias. A mágoa de quem não conseguiu fazer as coisas direitas. A frustração de mais uma vez o amor não ter tido força suficiente para nos manter juntas. Naquele dia, o adeus era a sombra que separava os nossos corpos. Era o movimento dos corpos que queriam sair dali. Eram os batimentos que a pouco e pouco desfaleciam nos nossos corações moribundos. Não me lembro das palavras que trocámos, não me lembro se ainda te amei naquele dia. Ou se ainda mantinha em mim a esperança de que as coisas pudessem mudar e estarmos juntas ainda fosse uma opção. Não me lembro. E talvez isso seja a salvação. Porque tudo o resto nos morreu.
Cruzámo-nos ainda outras vezes. Com os olhos quase fechados disfarçávamos um sorriso. As palavras afogavam-se em saliva e cada qual mantinha a sua rota. Ainda tenho tanta coisa para te dizer. Coisas que agora talvez tenham perdido o seu sentido. Nunca soube apreender muito facilmente o tempo certo das palavras. Porque tudo tem um tempo único. Exacto. Em que nada lhe poderá roubar o protagonismo. As palavras também revelam esse tempo e eu deixei passar o nosso. Agora a única coisa que se salvou foi um sorriso, que se mantém ano após ano sempre que nos encontrámos. Se um dia tiveres atenta, poderás entender, que é o mesmo sorriso que soltei da primeira vez que te vi. Continua intacto. Verdadeiro.
Se um dia, voltares a este espaço onde me revelo,
Quero que saibas que lamento o dia em que desisti de nós.
Mesmo não sabendo que isso era desistir.
Mesmo nunca entendendo que assim te perderia.
Tinhas razão,
A minha porta nunca esteve aberta para ti.
Nem para ti
Nem para ninguém.
Beijo.
Cruzámo-nos ainda outras vezes. Com os olhos quase fechados disfarçávamos um sorriso. As palavras afogavam-se em saliva e cada qual mantinha a sua rota. Ainda tenho tanta coisa para te dizer. Coisas que agora talvez tenham perdido o seu sentido. Nunca soube apreender muito facilmente o tempo certo das palavras. Porque tudo tem um tempo único. Exacto. Em que nada lhe poderá roubar o protagonismo. As palavras também revelam esse tempo e eu deixei passar o nosso. Agora a única coisa que se salvou foi um sorriso, que se mantém ano após ano sempre que nos encontrámos. Se um dia tiveres atenta, poderás entender, que é o mesmo sorriso que soltei da primeira vez que te vi. Continua intacto. Verdadeiro.
Se um dia, voltares a este espaço onde me revelo,
Quero que saibas que lamento o dia em que desisti de nós.
Mesmo não sabendo que isso era desistir.
Mesmo nunca entendendo que assim te perderia.
Tinhas razão,
A minha porta nunca esteve aberta para ti.
Nem para ti
Nem para ninguém.
Beijo.
12 comentários:
Nunca é tarde...?
Deixo-te um beijo
Não percas nem um segundo de mim...
O tempo é só uma forma de marcar o espaço.
Bonito!
bj
Uau!!
Adorei mais uma vez!
:))
Bem aqui vou eu p festival :)
Fica bem! Até 5f!
Bjs
Uau!!
Adorei mais uma vez!
:))
Bem aqui vou eu p festival :)
Fica bem! Até 5f!
Bjs
Ola,
lembrei-me, quase q instantaneamente, c as tuas palavras, dos sorrisos q troco c aquela pessoa, qd passámos um pelo outro e fingimos ser apenas aquilo, desconhecidos... bj
Já tinha saudades tuas e dos teus textos.
Um beijo...
Já regressei!
BShell
Muitas vezes pergunto-me, para que raio serve o amor? Para nos fazer sofrer?
adorei o texto. parabens :)
Este é um dos melhores textos que li em blogs da net. Pleno de alma e de sentimento.
Parabéns.
Sugestão: nunca desista da pessoa que descobriu amar....seja quando for que se aperceba disso.
l´amour....
Olée!!
De volta ! :) Hehe!
Olá,
gostei muito de te ler,
uma torrente de sentimentos e emoções ao rubro.
beijinhos
Isa
Continuo a achar que posts destes deviam ter um aviso prévio do género: 'Atençao! o Post seguinte pode mudar irreversivelmente o seu dia!'
Belíssimo texto! Parabéns!
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