segunda-feira, outubro 09, 2006

(Re)nascer


Este dia. Esta tarde. Tudo se multiplicou em mim. O destino ficou-nos nas mãos. Deixámos de controlar e a palavra "fugir" começou a desaparecer das nossas visões. Encarámo-nos, vivemo-nos, respirámo-nos, confundimo-nos nisto que agora é nosso.
Deixei as teias no passado. Apaguei os medos e sinto agora em mim uma coragem que até então me era desconhecida. Que estes dias se prolonguem na esfera das nossas vidas. Que as nossas palavras nunca percam o seu sentido. Que os prazos se esqueçam no tempo. Que o sermos seja tatuagem nos nossos corpos.
Alimentamo-nos nesta viagem intemporal, com o reencontro sempre presente sejam quais forem as partidas. Os erros. Os desentendimentos. Saber-nos-emos, sempre, neste magnetismo que nos detém juntas.
O agora é mais do que hoje. É para além do amanhã. É tudo o que queremos e sabemos que vamos ter.

9 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns! pela imagem fantástica de linda, e pelas letras a explodir de animo! Belo começo. Abraço

sotavento disse...

Fugias de quê, das abelhas?!... ;)

-X- disse...

Andei perdido, sem rumo, afastado do mundo. Na verdade, acho que ainda ando, conhecemos-nos pouco mas penso que já me conhecerás essa faceta. Passei por aqui de novo e encontrei-te sem título mas encontrei-te. Desculpa a ausência, continuo a gostar de te ler. As tuas palavras têm sempre magia seja a falar do teu avô (gostei muito), seja da camisola do Jardel, seja a falar de quem tu gostas, de quem tu és, de fantasias e de sonhos (felizes os que mantêm a capacidade de sonhar), sejam fortes como a tempestade ou suaves como a brisa matinal, seja a falar de tudo ou de nada como no silêncio que contém o nada do som e o tudo das palavras que não conseguimos dizer. Beijos, menina.

Anónimo disse...

Passei por aqui. . . (in)screvo-te.
Bisou *

nameless as a desire disse...

Dar-se na medida do que se deseja.
Fugir e ser apanhada com risos eufóricos de brincadeiras de cirança.
Perder-se onde tudo melhor se encontra. Vislumbrar-se no nascer e adormecer de cada dia.
E Ser, Viver... porque o que não se vive e não se é, esquece-se um dia para todo o sempre.

Vou nesta viagem contigo, de mãos dadas, até que o Tempo se (nos) esgote.

Um beijo.

Francesca disse...

Analogic: Sempre bom receber notícias suas :)

Sotavento: Fugir de algo pior do que as abelhas...algo que se compara a uma morte lenta. Mas lá resisti :P

Morpheu: Que grande ausência, esta tua, meu querido! Fico contente por te saber ainda por perto das minhas palavras, e que continues por muito tempo. Gosto da tua presença e não me esqueci do nosso café. ;) Beijos muitos

Framboesa: Já tinha saudades das tuas aparições...ainda bem que regressaste. Beijo

Nameless as a desire: Deixa-me corrigir-te..."Até que o Tempo deixe de existir."

Não sou exagerada, mas as minhas vontades ultrapassam qualquer racionalidade medida. Qualquer prazo. Qualquer contratempo. Só assim me sinto eu.

As nossas mãos ficam muito bem, as duas, como dois dançarinos muito habilidosos. Tudo em nós fica bem.

Continuemos.

Beijos dos nossos

Madeira Inside disse...

Oláaaaaaa!!
Cá estou eu de volta!! :)
Diverti-me imenso!! E já tinha saudades disto :P

Com que então deixas-te "as teias no passado"???????
Tsssss
E a-minha-teia?!?!?!
Hehe!!

O agora!! É sempre o mais importante!

(até Dezembro então!!:P)

Bjs

Anónimo disse...

O agora é sempre o mais importante... aqui, lá, dentro, fora. desde que seja sentido.
beijinho

relatosdeumruivo disse...

O agora é sempre eterno, se o quisermos... E esse teu estado de espírito também.~
Que texto lindo...
:)