terça-feira, julho 29, 2008

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Por vezes, passamos a nossa vida toda à procura de um rumo. Numa tarde de ínicio de Verão, a nossa vida recebe um estrondo no seu centro. E aí, tudo se altera. Não é exagero: tudo se altera.
Encontrei em ti o meu rumo. Ou melhor, parte dele. O início, digamos assim. O resto advinhar-se-ia com o passar dos dias. Em quase dois meses advinhou-se tanta coisa. Implodiu em mim o Amor.

Mas o caminho nunca foi certo. Embora o sentido estivesse todo ali. Continua a estar, mesmo agora que temos à nossa frente uma parede de betão. E de repente, os sonhos. A falésia por onde deambulavam todos os nossos desejos é invadida por um mar imenso. Tudo se vai. Menos isto que pesa no peito. O peso do tamanho do meu amor. O peso do tamanho da minha revolta. O peso do tamanho do pior de mim. Pesam os sonhos rasgados pelo meio. Pesa tudo o que eu e tu não podemos ser. Pesa-me este Nós cortado como se fosse um cordão umbilical.

Tu queres que eu te acene o Adeus.
Porque tu não me mereces - dizes tu.
Porque seria uma felicidade fragmentada - e não são assim todas?
Porque a partir daqui apenas complicaria mais.
Porque eu não sou o teu oxigénio.


Tu queres que eu te acene o Adeus.



Um dia, talvez eu te acene o recomeço disto.


(E mais)

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