Apeteces-me.
Mesmo que seja tarde de mais,
quero-te aqui
com a nudez jogada no chão
com o teu corpo cheio de palavras escritas
pela minha boca
pelas minhas mãos
pela dança
vertiginosa
inquieta
dos meus dedos.
Dizes-me em sons
que não devias estar aqui
Mas estás
sempre estiveste
ao mesmo tempo
que sempre fugiste.
Dizes que é errado
o orgasmo nascido entre os nossos corpos
Chamas-lhe:
traição
reatamento
solidão
Eu apenas lhe dou um nome:
Consequência
dos que nos pedem os corpos
do que queremos nós.
Dizes que tens de ir embora,
dizes que tens outros braços à tua espera.
Deixo-te ir
como sempre o fiz
sabendo que voltarás
à procura do meu odor
do meu sorriso
dos meus caracóis
deitados nos teus seios
do meu desejo no teu ventre.
Apeteces-me
não como vício
não como ódio
como realidade.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
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9 comentários:
Tipo "apetite envenenado"?!... :)
Que maravalha,adorava ter escrito isto...porque sim,sorri.
beijinho
m
Cof Cof
Magnífico... em palavras :)
*azul
Nada de desesperos...
O que tiver de ser...será! E um dia saberás dizer "Amo-te"...prometo!
Jinho, BShell
...impressionantemente real...tao real que chega a ser surreal.
beijo-te,ja te namorando...
t.
Muito bom! Voce escreve muito lindo!
E de voce este poema?
Muito respeitável e descomunal!
Gosta de Paulinho Moska?
Eu sou de México, mais gosto muito de voce e suas palavrinhas!
Beijinhos!!!
mas quem ve palavras nao ve caracteres!!!
mas quem esta preocupado com isso,aqui???
um blog e isto mesmo!!!
parabens a escritoria,pois sabe descrever e interpretar sentimentos.
ate um dia,
Sophie Zilmmer
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